A espiral negativa do Grêmio parece sem fim. E colocou Tiago Nunes em uma situação de extremo perigo com menos de 70 dias no cargo. A derrota para o Juventude mostrou, mais uma vez, uma equipe sem soluções, o que fica ainda mais gritante com os 65% de posse de bola. O resultado de 2 a 0 foi justo.
O Juventude, mesmo passando pouco tempo com a bola, teve o controle das ações. Principalmente no primeiro tempo, em que o Grêmio esteve opaco e manteve a rotina dos últimos jogos. No segundo, as mexidas de Tiago Nunes, com as entradas de Jean Pyerre e Ricardinho nos lugares de Darlan e Diego Souza, deram mais dinâmica e qualidade ao time. Ferreira começou a jogar mais, e Douglas foi mais aceso.
Mesmo assim, foi pouco. Marcelo Carné não teve nenhuma defesa. Os 39 cruzamentos para a área mostram o quanto faltou inspiração. Para completar o desajuste coletivo, o Grêmio ainda teve atuações individuais decepcionantes.
Diego Souza está lento, parece pesado demais e isso lhe tira o enfrentamento com os zagueiros e reduz sua capacidade de pressionar a saída. Paulo Miranda teve falha decisiva no segundo gol, ao atrasar com tibieza uma bola e deixá-la à mercê de Matheus Peixoto.
Douglas Costa, embora tenha se movimentado mais, falhou no primeiro gol, de Paulinho Boia. Matheus Henrique corre mais do que produz. Tudo isso colabora para um cenário que assusta e está bem representado nos dois pontos em 18 possíveis e numa lanterna que aponta seu facho para jogadores, técnico e, também, departamento de futebol.