O Grêmio é um justo campeão gaúcho. Fez por merecer o título e engatar um histórico tetra, que não acontecia para ele desde 1988, em um time que tinha Cuca, Lima e Valdo como protagonistas. Agora, os símbolos são outros. São caras novas de um time que aponta para o futuro.
O Gre-Nal do 1 a 1 não teve a melhor das atuações do Grêmio. O Inter estava melhor quando levou o 1 a 0 e acossou depois do 1 a 1. Mas um campeão não se constrói apenas com jornadas de luxo. É preciso ser inteligente e estratégico, e isso ele foi de sobra nesta final. Soube como jogar o jogo, soube quando atacar e quando recuar para esperar o momento de ganhar. Ferreira, Brenno, Léo Pereira, Vanderson e Ruan são nomes que ganharam neste domingo (23) o melhor dos batismos, o feito por uma taça.
No Inter, o caminho de Miguel Ángel Ramírez é longo, está só nos primeiros passos. Fica o amargor de mais um título perdido para o rival, fica a tristeza de seguir sem ganhar clássico na Arena. Mas ficaram também lições dessa primeira parte do ano. Há necessidades urgentes. A camisa 5, embora a entrega e o aguerrimento de Dourado, precisa de um jogador mais cerebral. Atacantes, nessa ideia de jogo, precisam ter vitórias pessoais, e os do Inter não as têm. Será preciso entregar mais algumas alternativas para Ramírez. De positivo, a resposta anímica do time no clássico e a mão ousada do técnico nas mudanças.