Na Venezuela, os clubes de futebol estão nas mãos de grandes empresários que perceberam o quanto é lucrativo formar e vender jogadores. Não é coincidência, portanto, que a seleção sub-20 tenha sido vice mundial em 2017.
O dono do Táchira desde 2016 é Jorge Silva, um emergente empresário local do ramo alimentício. Seu conglomerado, o JHS, se apresenta como representante da brasileira JBS no país. Além disso, atua no setor avícola, de cereais e tem um braço que constrói instalações industriais em nove Estados venezuelanos. Também oferece soluções de logística, administra uma fundação e, além do futebol, aporta recursos em equipes locais de ciclismo, o segundo esporte do país. Jorge, até 2013, era funcionário federal, lotado no Serviço Nacional de Tributos e Aduaneiro. Renunciou ao cargo para criar a JHS, que não demorou a virar uma das maiores empresas do ramo no país.
Além do Táchira, o clube mais popular do país, o casamento com Sthefany Gutiérrez o colocou nas manchetes. Sthefany foi miss Venezuela em 2017 e ficou em segundo lugar no Miss Universo 2018.
No campo
Juan Tolisano tem como referência do time um jogador mais velho do que ele. O atacante Pérez Greco, 39 anos, é uma figurinha carimbada no futebol venezuelano, inclusive, com passagens pela seleção. Os principais nomes do time, no entanto, são estrangeiros.
O lateral-esquerdo argentino Lucas Tejo voltou ao clube nesta temporada, depois de passagem pela segunda divisão mexicana. Seu compatriota Lucas Gómez, atacante de movimentação,também está de de volta, depois de passagem pelo futebol boliviano. Outro gringo de destaque é o panamenho Gôndola, autor de um dos gols no 3 a 2 no Olímpia.
A partida contra o Inter será apenas a quarta do Táchira na temporada. O futebol ficou parado por 117 dias no país e só retornou há duas semanas. No fim de semana, o time, com reservas, levou 5 a 0 do Zulia. O que causou cobranças antes da viagem para Porto Alegre.