Taison é do Inter. Até aí, nenhuma novidade. Todos já sabiam que o meia-atacante voltaria neste ano para o Beira-Rio. A notícia, agora, nem é a chegada dele. Mas como o Colorado vai superar os obstáculos burocráticos para conseguir inscrevê-lo na Libertadores. Para isso, seu nome precisa constar no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF ainda hoje. Ou seja, desde que o Shakhtar Donetsk confirmou a sua rescisão antecipada de contrato, no final da manhã dessa quinta-feira (15), o Inter corre contra o fuso horário de seis horas e se mobiliza para que os ucranianos acelerem os processos de liberação do jogador.
Taison vai chegar a Porto Alegre na metade da próxima semana. Desembarca pronto para jogar, já que vinha em atividade, mesmo que afastado e trabalhando com o sub-23 do Shakhtar. Mas que Taison é esse que volta depois de quase 11 anos? Aos 33 anos, não é mais o velocista de jogo vertical rumo ao gol. Hoje, usa mais a cabeça do que as pernas, aproveita os atalhos que o tempo o ensinou a identificar e guarda para momentos decisivos a potência do seu arranque.
Nesta temporada no Shakhtar, principalmente, em 2021, jogou basicamente as partidas da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Pouco foi utilizado na Premier League ucraniana. O técnico português Luís Castro adota um sistema similar ao usado no Inter por Miguel Ramírez no Inter. Nesse 4-3-3, Taison jogava na esquerda, fechando o trio ofensivo. Mas não era um ponteiro. Nos jogos da Liga Europa a que assisti, fazia do flanco seu ponto de partida, para procurar tabelas e o jogo pelo meio. Muito semelhante ao que fez Palacios contra o Aimoré. Não seria um sinal de Ramírez esteja preparando o terreno para receber seu maior reforço da temporada?
Briga boa no ataque
Thiago Galhardo tomou a frente na disputa para ser o centroavante do Inter em La Paz, na terça-feira, contra o Always Ready. Menos pelos três gols e mais por suas características e pelo que entrega no aspecto coletivo. Galhardo tem boa leitura e compreensão do jogo. Sabe como ocupar os espaços e se movimentar diante da área, seja para tabelar,seja para abrir espaços aos companheiros.
Contra o Aimoré, Ramírez justificou a escalação de Patrick e Palacios jogando em lados trocados justamente para que procurassem as conexões pelo meio com Galhardo. O chileno foi quem mais aproveitou isso. Como a estreia na Libertadores a 3,6 mil metros de altitude exigirá mais posse de bola e um jogo menos vertical, pode-se dizer que Galhardo está na dianteira para ser o titular em La Paz.