O Inter voltou a vencer no Gauchão. E não foi uma vitória qualquer. Contra o Aimoré, em São Leopoldo, o Colorado construiu a maior goleada da competição até agora: 6 a 1. GZH elenca cinco motivos que ajudam a explicar a elasticidade do placar na partida desta quarta-feira (14).
1) Chegada em bloco
Sob o comando de Miguel Ángel Ramírez, o Inter voltou a ser uma equipe com aptidão ao ataque. Além dos três homens escalados na frente, os outros atletas se somam na construção e no acabamento. O primeiro gol é um claro exemplo disso. Heitor toca para Thiago Galhardo, que escora para Patrick. O meia finaliza, mas Palacios pega o rebote do goleiro e rola para Moisés. O lateral chuta prensado e a bola sobra para Heitor, que havia dado início à jogada. E todo este cenário se dá com Praxedes e Edenilson pisando dentro da área adversária. A situação se repetira inúmeras vezes no decorrer da partida.
2) Ineficiência do adversário
Após sofrer o primeiro gol, o Aimoré ensaiou uma reação e quase conseguiu empatar. Seja pressionando a saída de bola colorada ou fazendo lançamentos às costas dos zagueiros que jogam em linhas altas, o time de São Leopoldo criou, no mínimo, três chances claras. Porém, não conseguiu converter pela falta de pontaria dos atacantes ou porque foi parado pelo goleiro Marcelo Lomba.
3) Expulsões geram espaço
No final do primeiro tempo, o volante Marabá acertou um pontapé no volante Edenilson e acabou sendo empurrado pelo zagueiro Víctor Cuesta. Resultado: ambos receberam cartão vermelho. As expulsões fizeram com que as equipes atuassem com nove jogadores de linha e, consequentemente, geraram maior espaço para o Inter rodar a bola.
4) Encaixe de contra-ataques
Em desvantagem no placar (sofreu 2 a 0, de pênalti, antes do intervalo), os donos da casa se jogaram em busca do empate e cederam campo para que o Colorado encaixasse contra-ataques. O cenário lembrou os melhores momentos da equipe na última temporada, que tinha na transição rápida sua principal arma. Assim, mesmo que o Aimoré tenha conseguido descontar por meio da bola parada, seguiu expondo sua defesa. O Inter, inclusive, desperdiçou uma penalidade com Patrick.
5) Qualidade do elenco
A disparidade entre os dois elencos também precisa ser ressaltada, claro. Enquanto os destaques individuais do Aimoré eram o experiente centroavante Neto Baiano, ex-Sport e Vitória, ou o volante João Denoni, ex-Palmeiras, o Inter tinha no chileno Palacios e no goleador Galhardo suas principais figuras. Depois, ainda acionou o banco de reservas, renovando o poder de fogo com Yuri Alberto e Paolo Guerrero — que fechou a goleada.
