Foi lá no climatizado Education City, na distante Doha que receberá a Copa do Mundo daqui menos de dois anos. Mas respingou no Grêmio. A queda do Palmeiras na semifinal foi o pior dos desfechos no Mundial de Clubes.
A delegação voltará para casa com a corneta do "não tem Mundial" retumbando na cabeça de jogadores e da comissão técnica. O que deve fazer a decisão da Copa do Brasil uma chance de resposta imediata. Se o tombo no Catar tivesse sido para o Bayern de Munique, na final, tudo bem.
Afinal, trata-se do melhor time do mundo, o responsável por triturar o Barcelona em um sonoro 8 a 2. Mas foi para o mexicano Tigres, cujo nome já traz no pacote a piada pronta e um arsenal para memes que se espalharão nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp.
O Palmeiras ainda tem o jogo de quinta-feira, pelo terceiro lugar. Um jogo que, vamos combinar, tem clima de velório e pesa uma tonelada. É bem provável que Abel Ferreira nem use todos os titulares e já comece em Doha o rodízio para atravessar a sequência de sete jogos em 17 dias até a final da Copa do Brasil — com uma viagem entre o Catar e o Brasil no meio. Como já está garantido na fase de grupos da Libertadores, como atual campeão, o Palmeiras usará os últimos cinco jogos do Brasileirão para observar jogadores e afiar o time que visitará o Grêmio na Arena, no dia 28.
Se há uma vantagem para o Grêmio está no fator físico. Renato vem administrando a recuperação de jogadores importantes, como Maicon, que está sendo preparado para a final, e de Jean Pyerre e Pepê, para que recuperem a confiança e voltem a ser decisivos.
O Palmeiras, por sua vez, estará fechando uma sequência dura, que se iniciou com a final da Libertadores, teve o Mundial e seguirá com reta final do Brasileirão encadeando até jogos a 48 horas. Só não precisava voltar ao Brasil com uma conta a pagar com seu torcedor.