Alcançada a classificação à final da Copa do Brasil, o Grêmio precisa guardar na gaveta o modelo de jogo usado contra o São Paulo. A ideia de um jogo de reação, em que muito mais especulou e quase nada propôs, precisa ficar guardado para situações específicas. Como o confronto da semifinal da Copa do Brasil.
Na noite desta quarta-feira (6), na abertura do 2021 na Arena, é fundamental acionar mais uma vez o "modo Renato". A partida contra o Bahia é a primeira das sete decisões de janeiro pelo Brasileirão. Antes de buscar o hexa da Copa do Brasil e acionar o portal da vaga direta na Libertadores, a prudência recomenda fincar pés no G-4. Para isso, é preciso jogar, ser dono da bola e impor-se aos baianos.
A mudança na ideia de jogo se faz mais com a postura em campo do que com nomes. É possível, em alguns casos, acionar um novo modelo apenas mexendo as peças. Só que, no caso do Grêmio, essa virada de chave, necessariamente, passa por uma troca no meio-campo.
Lucas Silva ao lado de Matheus Henrique, como observado em outras ocasiões, muda a forma de atuar do time. Deixa-o mais previsível em seus movimentos do meio para a frente. Ainda mais quando se enfrenta um adversário fechado, que entrega a bola e espera o vacilo para contra-atacar.
O Bahia usará dessa estratégia na Arena. Portanto, nada mais adequado do que acionar o "modo Renato", com dois volantes que saibam jogar, tenham dinâmica e capacidade de construir no ataque, no caso Darlan e Matheus Henrique.
Com eles e mais Jean Pyerre cumprindo a função que lhe cabe, de armador, podem ter certeza de que as chances de o jogo gremista fluir serão bem maiores. E isso deixa bem mais próximo da vitória do que a gente imagina.