Este São Paulo atingiu seu melhor momento nesta reta final de 2020, mas sua montagem vem sendo feita desde o ano passado. Passa, claro, pela chegada de Fernando Diniz, um técnico que desembarcou no Morumbi por sugestão de líderes do grupo.
Depois da saída de Cuca, no final de setembro de 2019, líderes do vestiário como Daniel Alves, Pablo, Tiago Volpi e Hernanes procuraram a direção e apresentaram o nome de Diniz. Que foi prontamente aceito. Ali, o São Paulo começou a se moldar. Pode-se dizer que a instabilidade do técnico ajudou a dar liga nesse time.
A cada revés, seguia-se um tsunami de pressão, do qual encontrou-se a saída com mudanças na equipe. Confira agora como cada um dos titulares se afirmou.
Tiago Volpi
Chegou no começo de 2019, por empréstimo, do Querétaro. Era mais uma tentativa do São Paulo de encontrar alguém que fechasse a lacuna deixada por Rogério Ceni, no final de 2015. Bastaram 11 meses para o São Paulo concluir que o goleiro formado no São José-POA era o cara para encerrar a Era Ceni. Foi comprado por US$ 5 milhões e assinou até o fim de 2023.
Juanfran
O espanhol de 35 anos chegou em agosto de 2019. Neste ano, depois da queda no Paulistão para o Mirassol, perdeu espaço com a renovação implementada por Diniz na zaga. Mas, nos últimos jogos, recuperou a posição. Na segunda-feira, renovou até o fim do Brasileirão.
Arboleda
Foi comprado em junho de 2017, à Universidad Católica equatoriana. É o jogador com mais tempo no grupo principal. Perdeu o lugar para Diego Costa no começo do Brasileirão, mas recuperou-se tecnicamente e reassumiu a posição.
Bruno Alves
Chegou dois meses depois de Arboleda, indicado por Dorival Júnior e buscado no Figueirense. Neste ano, também perdeu a posição depois da queda no Paulistão. Diniz fez do lateral-esquerdo Léo Pelé o quarto-zagueiro. Mas Bruno seguiu o mesmo roteiro de Arboleda e voltou em alta ao time.
Reinaldo
Chegou ao São Paulo em 2013, como aposta buscada na Penapolense. Mas só foi se firmar em 2018, depois de passar por empréstimo à Ponte e à Chapecoense, onde teve grande passagem. Voltou ao Morumbi afirmado e virou uma das referências do time.
Luan
Jogador com histórico de seleções de base, Luan foi lançado por Diego Aguirre em agosto de 2018. Teve alguma sequência, mas perdeu espaço com Diniz, que prefere volantes com melhor passe. Porém, foi a partir da sua entrada na equipe, em outubro, que o São Paulo deslanchou. É quem dá sustentação ao time.
Gabriel Sara
Tratado como promessa do São Paulo desde que chegou ao CT de Cotia, aos 13 anos, Sara estreou no final de 2017 no time principal com 18 anos. Demorou a se firmar, o que só aconteceu neste ano. Apesar das cobranças da torcida, Diniz o bancou e, agora, colhe os frutos com um jogador talentoso e que joga de área a área.
Daniel Alves
Chegou ao São Paulo depois da Copa América 2019 e deu ao clube mais do que sua qualidade técnica. Daniel trouxe sua experiência europeia e lições aprendidas nas passagens por Sevilla, Barça, Juventus e PSG. Sua voz é ouvida sempre por Raí, o gerente de futebol, e pela direção. A permanência de Diniz foi só um dos conselhos que deu. Mesmo que conste como lateral-direito no site, ele é centro do time, atuando como camisa 10.
Igor Gomes
Promovido no final de 2018, Igor Gomes sempre foi visto em Cotia com potencial para ser um novo Kaká. Fechou 2019 em alta com Diniz. Foi para o Pré-Olímpico, em janeiro, e voltou como um dos destaques do time. Na volta da quarentena, porém, ele caiu de rendimento. Sua afirmação veio apenas na semifinal da Copa do Brasil, contra o Flamengo. Aos 21 anos, é hoje referência técnica do time.
Brenner
Esse é um jogador com o selo de Diniz. Brenner foi promovido aos 17 anos pelo São Paulo como a versão tricolor de Gabriel Jesus. Oscilou, esteve no Fluminense em 2019, sob comando de Diniz, e se reapresentou sem perspectiva neste ano. Só que Diniz o conhecia e pediu sua permanência. Na volta da quarentena, começou a marcar gols e, em outubro, ganhou a vaga de Pablo. Tudo isso com apenas 20 anos.
Luciano
Chegou ao São Paulo em 20 de agosto, na troca com o Grêmio por Everton. Entrou direto no time, como companheiro de Pablo. Engatou gols e virou um dos principais nomes deste São Paulo. Tanto que o clube mobilizou seu Reffis para colocá-lo com chances de jogar na Arena.