O Inter segue em sua espiral negativa. Nesta quarta-feira (2), até melhorou em relação às suas últimas atuações, criou oportunidades e mostrou uma postura diferente. Mas se repetiu em problemas de organização, de força ofensiva e sucumbiu diante do Boca. Perdeu por 1 a 0 e se enredou ainda mais neste final de 2020.
Precisará ganhar em Buenos Aires por dois gols — ou por um gol, desde que marque. Ou seja, partirá em busca de um milagre. Menos pelo placar, até viável dentro de uma Bombonera vazia, mas muito mais pelos seus próprios problemas, que parecem se avolumar a cada jogo. São sete jogos sem ganhar, seis deles na gestão Abel Braga, em que o time marcou apenas dois gols.
A questão é que o Inter tropeça em suas próprias pernas. Abel Braga mandou a campo um time com o losango no meio, tendo D'Alessandro no vértice, e Yuri ao lado de Galhardo. Só que, na hora da recomposição, faltava gente no lado direito.
Os colombianos Fabra e Villa deitaram e rolaram em cima de Heitor. Essa vantagem tornava iminente o gol argentino a cada estocada. A colocação de Dourado e Lindoso na frente da área não significou, assim, solidez e tirou um jogador adequado para a infiltração na frente. Mesmo assim, o Inter fez um primeiro tempo até certo ponto equilibrado.
No segundo, com Maurício aberto no lugar de D'Alessandro, o Inter até teve chances. Heitor arrematou de dentro da área e LIndoso perdeu um gol incrível diante de Andrada. Em seguida, veio o gol de Tévez em um erro de Uendel e Zé Gabriel. A partir disso, o time passou a mudar o modelo de jogo a cada troca. Yuri saiu para Leandro Fernández e armou-se uma linha de quatro, com Patrick mais avançado e próximo de Galhardo.Fernández ainda acertou uma cobrança de falta na trave. A dobradinha Lindoso e Dourado só foi desfeita depois de 80 minutos. Nonato entrou e pouco acrescentou. Assim, a noite de Libertadores terminou chuvosa e pesada para o Inter. Mais ou menos no clima que tem sido todas as jornadas coloradas desde que descarrilou nos últimos sete jogos.