O Grêmio entrou em parafuso. Depois de perder para o Caxias com uma atuação insossa, caiu dentro da Arena para o lanterna do Brasileirão em mais uma jornada preocupante.
A derrota de 2 a 1 para o Sport mostrou um time sem soluções ofensivas, com erros em fundamentos básicos e o pior, com uma mecânica de jogo em que nada lembra o time envolvente de poucos meses atrás. A ausência de Everton Cebolinha parece ter tirado o prumo do time. Que ainda não encontrou um norte neste Brasileirão. Não bastassem os problemas técnicos, Renato ainda desafiou o que o campo grita para quem quiser ouvir ao colocar Thiago Neves no lugar de Jean Pyerre desde o começo.
O próprio campo mostrou o tamanho do equívoco quando Jean Pyerre foi chamado para substituir Lucas Silva aos 36 minutos. Em 10 minutos, até mesmo Thiago Neves cresceu de produção e teve três chances para empatar. No segundo tempo, mesmo com imposição física, variedade de atacantes e instalado no campo do Sport, o Grêmio esbarrou em uma limitação criativa que assombra.
Aliás, a falta de uma bola mais trabalhada e de brilhos individuais faz com que este Grêmio seja um time aéreo. Numa só noite foram 48 bolas levantada para a área. Uma estatística que escancara o quanto o time carece de soluções com a bola no pé.
Há ainda algumas questões que se repetem, como a lateral esquerda, com Cortez acrescendo pouco na frente e, no jogo contra o Sport, sendo caminho para o gol do Sport.
Há muito trabalho a ser feito por Renato, e ele precisa ser rápido. Ou ficará para trás em um mês com Libertadores, Gre-Nal e muitos jogos pelo Brasileirão.