Ainda é cedo para qualquer projeção neste Brasileirão acelerado pela pandemia, com mais jogos do que treinos para todos os times. O histórico recente da competição ensina que qualquer aposta na sexta rodada é precipitada.
Porém, é incontestável que o jogo contra o Palmeiras, nesta noite, tem um simbolismo para o Inter. O confronto pode ser considerado o desafio mais espinhoso fora de casa até aqui. Pela variedade de bons jogadores do rival, pela particularidade do gramado sintético e, também, pelos olhares atentos de todo o Brasil para o líder do campeonato.
Vencer nesta noite nada decide, mas muito reafirma. Superar o Palmeiras tem o significado de mostrar aos adversários e ao país que o primeiro lugar nada tem de ocasional e tudo tem de trabalho e de uma ideia de jogo muito bem cristalizada pelos jogadores.
Eduardo Coudet surpreenderá se pisar no piso artificial do Allianz Parque com algo diferente daquilo que vem aplicando tanto dentro quanto fora do Beira-Rio. Até agora, ele cumpre a promessa feita na primeira entrevista, no calorão de janeiro, de tentar ser protagonista em casa e fora. Ou seja, de atuar buscando a vitória sempre.
Por isso, não aposto em Musto e Lindoso juntos no meio-campo desde o começo. A única dúvida, na minha ótica, está em D'Alessandro, se começa ou se entra no decorrer do jogo.
Trata-se de uma questão física, nada além disso. Afinal, aos 39 anos, ele requer uma administração para que entregue no nível do apresentado no Engenhão. No restante, será o mesmo Inter de sempre, marcando alto, trocando passes e fazendo da transição rápida e da imposição o seu jogo.