Renato comemorou, como tem sido rotina, mais um Gre-Nal. Porém, o dia seguinte dele também é o começo de uma nova era para o seu time. Possivelmente, a vida já a partir da estreia no Brasileirão, no domingo (9), será sem Everton.
O clássico deixou escancarado o quando ele desequilibra. Se não com as jogadas individuais, que até reapareceram na noite de quarta-feira (5), mas com o poder de desarrumar a defesa adversária. Os dois gols do Grêmio mostram isso. No primeiro, quatro jogadores de marcação do Inter tentaram abafá-lo e deixaram um buraco no meio da área. No segundo, tinha três em seu encalço quando mandou a bola para área.
Pepê ocupará naturalmente o lugar de Everton. Porém, sem esse peso de estremecer a marcação. O Grêmio joga muito em cima de seu conjunto, afiado e afinado com a continuidade do trabalho.
Mas, quando as dificuldades aparecem, recorre sempre a Everton para desequilibrar. Nem foi o caso específico do clássico, em que o Inter foi totalmente envolvido. O desafio de Renato será encontrar novos caminhos e outras formas de desarrumar os sistemas de defesa alheios.
O Gre-Nal 426 também deixa para o Brasileirão um novo lateral-direito afirmado. Orejuela aproveitou os dois últimos jogos para mostrar credenciais de titular. Tem boa noção defensiva e capacidade para encontrar sempre uma solução no ataque.
O jogo também mostrou uma boa alternativa de jogador ofensivo. Isaque, 23 anos, ocupou um espaço que era de Thiago Neves no banco. Entrar e fazer gol no clássico é um lastro e tanto para quem está só começando.