Há cerca de duas semanas, aqui mesmo nesta coluna, havia apontado Bruno Praxedes como o jogador mais talhado para ser o meia central que Eduardo Coudet ainda procurava no Beira-Rio. A partida contra o Coritiba foi amostragem suficiente para o guri de 18 anos ganhar lugar de titular.
A amostragem é pequena? Sim, mas o rendimento no campo mostrou um jogador que, apesar de toda a juventude, conhece os caminhos e domina as tarefas do lugar. Algo que Nonato, por exemplo, pouco conseguiu mostrar nas oportunidades recebidas.
Mesmo Edenilson mostrou-se desencaixado. Ali está fora do lugar e rende menos do que pode. Jogar nessa função exige dinâmica e, mais do que isso, apresentar-se para o jogo, ser um das pontes entre a saída de três da defesa e o ataque.
Exemplo do Santos
A necessidade é, geralmente, a impulsionadora da ascensão de jogadores da base. O Santos, mais do ousado em lançar fornadas de meninos da Vila, o faz por total falta de recursos. Foi assim com a geração de Robinho e Diego, no começo do século, repetiu-se com Neymar e Ganso, anos depois, embora houvesse mais grana no caixa.