O Gre-Nal da Pandemia deixou para a Dupla duas notícias alvissareiras. Para o Grêmio, a confirmação de que há um lateral-esquerdo no grupo capaz de disputar posição com Cortez. Para o Inter, a iminência do lançamento em definitivo de Bruno Praxedes.
Primeiro, Guilherme Guedes. O clássico de Caxias do Sul representava para ele o jogo que era esperado há 11 anos. Desde que chegou à escolinha do clube no Cristal, trabalhou para receber uma chance como titular no time principal. Calhou de ela vir justamente no Gre-Nal, um jogo que pode encerrar de forma abrupta algumas trajetórias.
Pois Guedes jogou com qualidade e como um veterano. Passou na prova. Talvez o lateral seja a essência do projeto do Grêmio no aproveitamento de jovens. Precisou esperar três temporadas pela sua vez. Renato adota a cautela e só lança quando acredita que o guri tenha alguma casca.
Praxedes, por sua vez, é a representação do projeto adotado pelo Inter neste ano. Queimou etapas na base, foi campeão da Copa São Paulo aos 17 anos e chegou ao grupo principal dias antes de completar 18. Coudet, assim como todo o contexto do clube, aposta alto no guri.
Tanto que o colocou no segundo tempo do jogo contra a Universidad Católica, levou-o para o banco no Gre-Nal da América e, na quarta-feira (22), incluiu-o na restrita lista dos 17 nomes para o clássico em Caxias do Sul. Praxedes entrou no segundo tempo para fazer a função que, neste momento, ainda está sem dono no time.
Falta para Coudet o meia central, o jogador híbrido capaz de armar e pisar na área como meia e marcar como volante. Com 1m86cm, boa técnica e capacidade para jogar de área a área, tem o perfil adequado para a função. Resta saber se poderá carregar o peso de ser um jogador central do time. Coudet aposta que sim. Tanto que, em conversa numa entrevista para GaúchaZH, viu nele características que o fazem lembrar de Lo Celso, o talento que lançou no Rosario Central.