O Novo Hamburgo contratou Márcio Nunes no meio da pandemia. A missão dele era colocar o time na semifinal do Gauchão que retornaria em algumas semanas. Uma combinação de resultados e um empate sem gols com o Grêmio foram o suficiente para classificar Márcio e seus comandados. O caminho para a final do returno passa, novamente, pelo Tricolor.
Três perguntas para o técnico Márcio Nunes
Qual o sabor da classificação à semifinal para o Novo Hamburgo?
Assumi nesta retomada pós-quarentena. Foram 10 dias de trabalho e uma sequência pesada de jogos. Tivemos dois empates e uma vitória. Quando a direção me ligou, perguntei qual era o objetivo a ser cumprido. Me passaram que o primeiro passo era escapar das duas últimas colocações na geral, pela questão da cota (em 2021, será de 50%). Falei que iríamos escapar e ainda buscaríamos a classificação. Graças a Deus conseguimos cumprir as metas.
Muito falou-se de que a semifinal seria entre as duplas Ca-Ju e Gre-Nal. Como isso repercutiu no teu vestiário?
Isso ajudou muito no aspecto anímico. Escutei muito na véspera do jogo sobre a semifinal estar encaminhada com os times da Capital e de Caxias. Falei para os jogadores da confiança que tinha neles. Se trabálhassemos duro para buscar a classificação, mudaríamos essa projeção. Pelo que meu time vinha executando em campo, sabia que tínhamos totais condições de fazer nossa parte e avançar. Claro que teve o resultado paralelo do Esportivo que os ajudou, mas cumprimos com o que tínhamos nos proposto.
O que projetar da semifinal com o Grêmio?
Estamos preparados e trabalhamos para sonhar alto. Mas a questão do desgaste físico é uma grande preocupação. Nosso grupo é reduzido, temos 22 jogadores, sendo seis da base. Neste jogo contra o Grêmio, não contamos com o Giovani, lateral-esquerdo, e o William Schuster, que sentiu na partida passada. Tivemos dois titulares que saíram com desconforto contra o Grêmio. A partir de amanhã (hoje), conversaremos com o departamento médico, para saber se serão dois ou quatro reforços no fim de semana.