Embora tenhamos realidades distantes na América do Sul na luta contra o coronavírus, a Conmebol trabalha firme na ideia de retomar a Libertadores em setembro. A competição será a primeira a ser retomada e canaliza neste momento todas as energias da entidade na elaboração de protocolos.
Um deles, de logística, em nada afetará a vida da dupla Gre-Nal. Os clubes serão orientados a se deslocarem em voos fretados e terão movimentações restritas a hotel e local de treino e jogo nas partidas fora de casa. Uma prática que Grêmio e Inter adotam há, pelo menos, quatro anos em seus deslocamentos pela América.
Na semana passada, a Conmebol organizou uma videoconferência com preparadores físicos e médicos argentinos, para ouvi-los. Deve fazer o mesmo com profissionais dos demais países. Um protocolo médico a ser obedecido nas partidas já foi elaborado.
O plano da Conmebol é retomar as competições com a Libertadores, que encaminha os terceiros colocados dos grupos na primeira fase para a Sul-Americana. Essa seria reiniciada apenas mais adiante. As duas primeiras rodadas das Eliminatórias seguem previstas para setembro.
A projeção é de que a Libertadores se estenda até janeiro, conforme o diretor adjunto Gonzalo Belozzo. Apenas duas rodadas da primeira fase foram disputadas. Ainda faltam 11 datas para que a competição seja finalizada.
Liga dos Campeões
O Bild, um dos principais jornais alemães, noticiou neste fim de semana o plano da Uefa para finalizar a Liga dos Campeões. Tudo será anunciado no dia 17. Mas o Bild antecipou que a final sairá de Istambul e será levada para Lisboa.
Não só a final, mas também os quatro jogos restantes das oitavas, as quartas de final, as semifinais e a grande final. Istambul saiu dos planos pela distância, pelos números da covid-19 e pela pouca simpatia dos turcos de jogarem com portões fechados. Lisboa venceu Frankfurt e Moscou.
A cidade alemã perdeu a disputa pela quantidade de clubes alemães — Leipzig, já classificado, e Bayern, que ainda tem o jogo de volta das oitavas. Moscou foi descartada pelos altos números do coronavírus. Como não há clubes portugueses na disputa, a pandemia no país está controlada e Lisboa e arredores oferecem estádios de primeira, a escolha foi natural.
Claro que pesou também a baixa carga de impostos cobrados em Portugal. A Uefa, em tempos de crise econômica, pretende lucrar ao máximo com o minitorneio no qual se transformou a mais glamorosa competição de clubes do mundo.