Tariq Panja, esse britânico com nome e feições asiáticas entrou para a lista de orações de clubes e ligas de futebol mundo. Repórter do The New York Times, responsável pelos assuntos globais de futebol, Panja antecipou nesta terça-feira (31) um plano de contingência da Fifa para socorrer clubes e federações cujas finanças ficaram comprometidas devido à quarentena provocada pelo coronavírus.
A entidade colocaria a mão em seu fundo de reservas de US$ 2,7 bilhões (R$ 14,06 bilhões). A notícia garimpada nos bastidores, com fontes confiáveis e com a velha receita do bom e velho jornalismo, fez a Fifa se pronunciar e estremecer o mundo.
A entidade confirmou que costura uma ação para sair em socorro do futebol assim que finalizar um estudo dos impactos que a pandemia de coronavírus provocará nas finanças da bola. O que pode respingar aqui em Grêmio e Inter, mesmo de forma indireta.
A Fifa, como todos nós sabemos, virou uma máquina de dinheiro a partir da segunda metade dos anos 1970, quando o brasileiro João Havelange assumiu e fez da Copa do Mundo passar de uma competição a um dos maiores eventos do mundo. Tudo na Copa rende dinheiro. E pouco sai do bolso da Fifa. Pelo contrário, apenas entra, a partir de contratos de patrocínios vultuosos. Será esse dinheiro que a entidade democratizará mundo afora.
A medida também representa um passo importante na reconstrução da imagem da entidade, que há cinco anos teve sete dirigentes algemados enquanto estavam em Zurique para participar do seu congresso. Gianni Infantino assumiu a presidência com a promessa de limpar a entidade de vícios históricos e democratizá-la. Um passo decisivo para isso será dado com os US$ 2,7 bilhões a serem partilhados com quem teve a saúde financeira abalada pela maior crise mundial do esporte desde a Segunda Guerra.