Quem assistiu a terceira temporada da série Narcos viu a trajetória dos irmãos Rodríguez Orejuela, os homens que comandavam o cartel de Cali. A história recente do América está conectada à ascensão e queda deles.
Em 1997, o clube entrou na Lista Clinton, uma relação de empresas e personalidades da região que estavam ligadas ao narcotráfico. Essa situação, na verdade, até ajudou os Rodríguez Orejuela, que seguiram controlando o clube já sem a lupa das autoridade.
Porém, quando Miguel Rodríguez Orejuela foi deportado para os EUA, em 2005, deixou um clube falido e com dívidas fiscais milionárias. Foram 16 anos com o selo da Lista Clinton colado na imagem do clube, o que repeliu patrocinadores e criou limitações de questões básicas, como abrir uma contas bancária ou negociar com jogadores do Exterior.
Em 2011, o América, à época 13 vezes campeão nacional, caiu para a segunda divisão. Foram cinco anos de calvário e mais dois patinando na elite. Só no ano passado o clube voltou a ser protagonista, ao conquistar seu 14º título nacional.
Foram oito os títulos nacionais que conquistou o América de Cali enquanto esteve sob comando dos irmãos Rodríguez Orejuela. Além dessas taças, o clube foi três anos consecutivos vice da Libertadores, em 1985, 1986 e 1987, nesse último derrotado pelo Peñarol com gol nos últimos segundos, anotado por Diego Aguirre.