Eduardo Coudet inicia nesta noite, contra a Universidad Católica, a sua segunda etapa no Inter. A primeira e mais urgente, ele fechou com a classificação sobre o Tolima. Era fundamental estar na fase de grupos, para que a construção do seu Inter seguisse sem ser avariada por um furacão. Como ele mesmo diz, avançar na montagem do time com vitórias torna o trabalho mais suave.
Na tarde desta segunda-feira, o argentino nos recebeu (a equipe do Sala de Redação e os repórteres Rafael Diverio e Cristiano Munari) na sala de reuniões contígua ao vestiário do CT do Parque Gigante. Foi uma longa entrevista. Por uma hora e três minutos, ele falou sem barreiras sobre o seu trabalho, suas ideias e o caminho que ainda precisa cumprir para fazer do Inter um time que encha seus olhos.
Antes de tudo, é preciso registrar que Coudet é um sujeito de boa conversa, descontraído e que se empolga ao falar de futebol. O mais importante, não deixa pergunta sem resposta. Mesmo que elas indiquem caminhos a serem tomados pelo Inter. Um exemplo: a opção por Musto e Lindoso juntos, o que já antecipo, se repetirá nesta noite. Coudet reconhece que em um cenário ideal, os dois disputam a mesma posição.
Há razões, duas pelo menos, para que os escale juntos. A primeira é de que o Inter garimpou no mercado um meia central para ser dono dessa vaga. Tentou Cervi, seu jogador no Rosario e hoje no Benfica. Ele estava encostado em Portugal e próximo de acerto para jogar no Beira-Rio. Mas voltou a ganhar chance por lá, engrenou, e o negócio naufragou. Os argentinos Nacho e Pol Fernández foram tentados. Taison também.
Outra razão para Lindoso é que Guerrero e D'Alessandro, por questões óbvias, não exercem uma marcação mais cerrada, de alta pressão. Compensam com sua qualidade técnica, mas obrigam a rechear mais o meio. Nesse cenário, Coudet disse que esse atacante de velocidade e mais agressivo e o meia central são as peças que o Inter ainda busca para fechar o grupo.