A boa notícia no Engenhão foi a conquista dos três pontos e o portal da pré-Libertadores a um empate de distância, com a derrota do Goiás no domingo (1º). Ou seja, os efeitos do 1 a 0 sobre o Botafogo salvaram mais uma jornada insossa do time, com os problemas que se repetiram na temporada inteira.
A vaga trará junto um pacote de lições que a direção precisa captar e, mais do que isso, sair ao mercado para evitar que se repitam em 2020. Há problemas estruturais no time, que recomendam uma mão firme para entregar, mais do que titulares, um grupo que permita a Eduardo Coudet montar sua ideia de jogo e um Inter mais robusto e competitivo.
A lista da próxima temporada começa com um lateral-esquerdo de hierarquia e capaz de arrastar a equipe para o ataque. No meio-campo, Patrick repete-se rodada depois de rodada e, agregue-se a isso, uma queda de rendimento normal de fim de temporada.
Coudet precisará que se faça uma cirurgia no grupo caso a intenção seja implantar no Beira-Rio o modelo de jogo que adotou no Rosario e no Racing, de transição rápida e pouquíssimos toques até a conclusão da jogada. Sua ideia de futebol se baseia em imposição física, intensidade alta e velocidade. O que exige uma média de idade menor do que a do atual Inter, que na final da Copa do Brasil era de 30,8 anos.
Toda essa reformulação, porém, será melhor elaborada com a vaga na Libertadores. O 1 a 0 de sábado, com o sexto gol de Guerrero em nove jogos da Era Zé Ricardo, foi tão grande que permitiu até voltar a sonhar com o G-5 e a vaga direta.