O Athletico-PR anunciou de forma oficial ontem que deixará de aderir ao projeto piloto Torcida Humana, do MP do Paraná. Apesar do nome, o projeto retirava dos torcedores visitantes a possibilidade de acompanharem, identificados, seu time na Arena da Baixada, assim como ocupar uma área exclusiva destinada a eles.
Ou seja, em vez de estimular a convivência entre diferentes, criava obstáculos à ideia. Os registros de ocorrências no período de maio de 2018, quando o Athletico aderiu ao projeto, até dezembro do mesmo ano tiveram leve redução. Os conflitos entre torcedores caíram de 28 para 20. As ocorrências envolvendo patrimônio público caíram 17%, e o número de policiais usados nos jogos foi só 14% menor (170 contra 151). O que mostra que a solução dos problemas de violência nos estádios passa longe de repelir o torcedor rival.
Ingressos azuis
A mudança de posição do Athletico permitirá ao Grêmio contar com 2,2 mil torcedores na partida de volta da semifinal da Copa do Brasil, no dia 4 de setembro. O mesmo número de torcedores paranaenses será recebido na Arena na quarta-feira. O fim da adesão ao projeto piloto do MPPR foi um pedido da própria torcida.
A organizada Os Fanáticos fez a solicitação formal ao clube, já que encontrava dificuldades em acompanhar o Athletico fora de Curitiba. O Flamengo, por exemplo, no jogo de volta das quartas da Copa do Brasil, deu aos paranaenses o mesmo tratamento recebido na Arena da Baixada.