O domingo (11) de sol esplendoroso, o horário adequado para o futebol numa cidade que congela no inverno e os corações abertos pelo Dias dos Pais mereciam mais. Mereciam gols. Mas só que o Inter encontrou um espelho seu nas lidas defensivas. Por isso, parou na severa marcação do Corinthians e saiu do Beira-Rio com um 0 a 0 e uma patinada na tabela.
Mas não foi por falta de empenho e, principalmente, de iniciativa do seu técnico. Odair Hellmann fez o que podia e estava ao seu alcance para superar o ferrolho armado por Fábio Carille, em que uma linha de quatro defensores guarda a linha da área e outra, de cinco, fica a poucos metros. Odair tentou primeiro com Nico no lugar de Rithely, um atacante na vaga de volante. Mudou o esquema, colocou Patrick e Nonato como volante e centralizou D'Ale. Não foi suficiente.
Depois, ele tirou Sobis e colocou Wellington Silva, em busca do drible. Por fim, tirou Nonato e apostou em Sarrafiore e partiu para um 4-3-3 à la anos 1970. Nem assim destravou a retranca armada pelo Corinthians. Mérito dos paulistas, mas mais um recado dado por Odair de que segue em franco processo de maturação.
Contra o Cruzeiro, ele já havia apostado em Sobis no lugar de D'Alessandro, em detrimento de Nonato. Nas substituições em jogos recentes, sempre mexe olhando para a frente, ao contrário do que ocorria até alguns meses. Talvez esta seja a grande notícia do Inter neste domingo sem gols.