O Rosario Central vive o seu pior momento desde que saiu dos seus dias mais cinzentos. Entre 2010 e 2013, o clube mergulhou na Segunda Divisão, depois de 23 anos na elite. Este 2019 começa com a torcida assustada e temerosa de uma nova queda. As fracas campanhas nas duas últimas temporadas faz com que comece a temporada 2019/2020 da Superliga na zona de rebaixamento.
Por isso, o técnico Diego Cocca, recém contratado, trata de organizar a casa e se concentra na missão de salvar o clube de novo rebaixamento. O que faz da Libertadores um estorvo neste momento. Por telefone, conversei com o jornalista Guillermo Ferreti, do jornal El Ciudadano e da Rádio LT8.
Como o Rosario entrou nessa espiral negativa, com três técnicos em quatro meses e só uma vitória em 2019?
O principal problema é físico, está ligado às trocas de treinadores. Começou com Patón Bauza, que havia ganho a Copa Argentina em 2018, mas não aproveitou o ânimo trazido por isso. Foi mal e caiu. Em seu lugar, colocaram Paulo Ferrari, criado no clube e o jogador recordista em número de partidas pelo Rosario. Não deram tempo a ele, que também tentou mudar muitas coisas rapidamente. Agora, chegou um técnico com experiência, Diego Cocca. O resumo é que começou com um técnico que pensava de uma forma, entrou outro que pensava de outra e, agora, há um terceiro que pensa diferente dois anteriores.
A Libertadores deixou de ser a prioridade?
Sim, tanto é que Diego Cocca deixou de fora da viagem para Porto Alegre o zagueiro Caruso, os volantes Ortigoza, Rinaldo e Camacho e o centroavante Zampedri. Além deles, o meia Gil, lesionado, e o zagueiro Ortiz, suspenso, estão fora. O Rosario usará na Arena uma equipe com muitos jovens, está entregando a última chance quer tinha de avançar na Copa Libertadores.
O que Cocca pretende fazer para recolocar o time nos eixos?
O Central tem um problema com o promédio (média das três temporadas que define os rebaixados). Fez uma temporada frouxa nos dois últimos anos, alcançou poucos pontos na Superliga 2018/2019. Por isso, Cocca preservou contra o Libertad, para buscar pontos contra o Independiente, na última rodada da Superliga. Não adiantou. Perdeu os dois jogos.
Quanto precisa pontuar para escapar da queda?
Para não cair, tem de fazer uma campanha em que faça 50% dos pontos. Mas isso depende de como vão os demais. Imagina Grêmio e Inter juntos na zona de rebaixamento. É o que acontecerá em Rosário a partir do meio do ano. O Newell's está na mesma situação do Rosario. O que aumenta a pressão local. E caem quatro!
Aqui, se diz que o Rosario preserva também por causa da Supercopa da Argentina, contra o Boca.
É uma verdade não dita, que começa a correr por Rosário agora. O Cocca pretende fazer uma preparação física especial com os jogadores. Esse jogo é a chance de ser campeão. Isso não acontece todos os dias, ainda mais contra o Boca.