Ação imediata. Fez bem a direção do Grêmio ao convocar Léo Moura e pedir esclarecimentos sobre os boatos de que estaria cooptando as revelações do vestiário para o novo escritório com o qual assinou contrato para gerir sua carreira. O tema estaria provocando desajustes entre o lateral e lideranças do grupo. Um time só se torna vencedor com um vestiário forte e, principalmente, monolítico. Os sinais vindos da Arena davam conta de que isso estaria sob risco.
Léo Moura nunca teve nada em sua carreira que o desabonasse. E olha que só no Flamengo foram 10 anos como liderança de um dos vestiários mais explosivos do Brasil. Mas, ao surgir uma desconfiança como essa que brotou na Arena, é preciso sentar e colocar tudo em pratos limpos. Ainda mais quando envolve uma das referências do grupo, modelo para os mais jovens e homem de confiança de Renato.
O sucesso do Grêmio tem como alicerce justamente a relação franca e transparente do seu técnico com seus comandados. Deixar isso a perigo coloca em risco todo um trabalho que não começou ontem. Renato, depois de dois anos e meio teve de abrir pela primeira vez o comitê de crise no seu vestiário. É com ele que está a gestão do problema. E a solução precisa ser rápida. Ainda mais que os mata-matas do Gauchão e a decisão com a Universidad Católica estão batendo na porta.