Odair Hellmann foi o craque do Inter na virada sobre o Atlético-PR. Mesmo que Moledo tenha sido um gigante no campo e D'Alessandro tenha carregado a tonelada de responsabilidade na hora de bater o pênalti. Os torcedores, que o vaiaram na troca de Leandro Damião por Wellington Silva, precisam cumprir um ato de contrição. Odair mudou o Inter colocando todos os atacantes de que dispunha. Sem empilhá-los, é bom que se diga.
O Inter que virou o jogo acabou com Patrick de guardião da área, D'Alessandro de volante, Nico mais à frente e Rossi, Wellington Silva e Pottker enfiados na frente. Deu resultado. A simples troca de Wellington por Damião já mudou o Inter. Quando tirou Gabriel Dias, cuja contribuição foi só sua transpiração, desamarrou o time e fez com que acossasse o Atlético-PR até buscar a virada e mudar os rumos de uma noite que parecia destinada à melancolia para os colorados.
O Inter mereceu a vitória pelo que fez nos últimos 15 minutos. Jogou para a frente, com energia e muita ousadia. Até os 35 minutos, foi um time atrapalhado, embolado no meio e sem criação. Buscou os gols e, desta vez, acabou beneficiado pela arbitragem. Vi, revi e vi de novo o lance de Rossi com Márcio Azevedo. Não encontrei pênalti ali. Assim como não havia encontrado no lance de Kelvin e Cuesta na partida contra o Vasco.
Mais uma vez, a arbitragem acaba a noite como protagonista. Uma pena, já que a solução para boa parte dessas discussões era o VAR. Uma solução simples e que custava R$ 50 mil por jogo. Ninharia diante dos patrocínios milionários da CBF.