Marcelo Gallardo promete um River "avassalador" contra o Grêmio. O que significa repetir a blitz ofensiva que adotou contra o Independiente. A circunstância era parecida. Depois do 0 a 0 em Avellaneda, precisava fazer o resultado no Monumental de Núñez. Agora, contra o Grêmio, Gallardo sabe que suas chances estão na construção de um grande resultado no jogo de ida. Por isso, repetirá a estratégia de três semanas atrás.
Naquela noite, o River entrou em campo com seus três centroavantes e um tripé no meio-campo, formado por Ponzio, Nacho Fernández e Exquiel Palacios. À frente deles, Pratto e Scocco e, mais adiante, Borré. Só que era impossível dizer quem desse trio ofensivo era o mais adiantado. Havia troca de posições, infiltrações, entradas em diagonal e, claro, presença de área de todos. Contra o Grêmio, talvez não use um deles, possivelmente Pratto, e entre com Quintero, decisivo nas quartas de final. Já é certo que Pity Martinez será usado no decorrer do jogo, pela falta de ritmo.
Mais do que buscar o gol, o que Gallardo fez foi instalar-se no campo do adversário. As linhas avançaram e impediam que o Independiente saísse de trás com a jogada costurada. Era a blitz do River que, além de empurrar o rival para dentro de sua área. o mantinha longe dos seus zagueiros Maidana e Pinola, que são lentos.
Nesse cenário, há uma boa nova para o Grêmio. Quando escapou dessa barricada, o Independiente chegou ao gol. Gigliotti, que nem é tão veloz assim, arrancou de trás e, com força, criou o gol para Sílvio Romero. O Grêmio precisa estar vacinado contra esse sufoco que Gallardo criará em Núñez. A estratégia argentina parece clara, de buscar o gol na base da pressão.