Não fosse o jogo com a Chapecoense, o Inter poderia anunciar Rodrigo Caetano ainda nesta segunda-feira. A tendência é de que o acordo com o novo diretor-executivo de futebol seja fechado nesta terça-feira. Ainda restam alguns detalhes a serem definidos.
O contrato será até o final de 2019. O que dá sinais de que a contratação passou também por um consenso político. Caetano também estava em conversas com o Inove, movimento que não faz parte do bloco de situação e se articula de forma extremamente organizada para lançar seu candidato às eleições do final do ano.
Segundo uma fonte ligada à direção, o projeto do Inter com a contratação de um novo executivo é contar com um profissional de visão mais macro do clube. Sua atuação não ficará restrita à gestão do departamento de futebol e ao relacionamento com o vestiário. Caetano terá em seu escopo um envolvimento maior com as áreas gerenciais, com domínio do orçamento e do planejamento do clube.
O Inter pretende que ele repita no Beira-Rio a mesma participação que teve na reconstrução administrativa do Flamengo. Com o comando do futebol, foi um dos principais nomes da gestão de Eduardo Bandeira de Mello.
Caetano não chegará ao Inter com superpoderes. Mas a ideia é de que se repita no futebol a mesma lógica das outras vice-presidências, em que o dirigente político tenha mais função de gestor, e o executivo seja responsável pela parte operacional, se reportando sempre a ele.
Esta mudança estrutural aliviará — e muito — o vice de futebol Roberto Melo, que no modelo anterior acabava por assumir quase todas as tarefas do departamento.
O novo executivo chegará também com a tarefa de aproximar o máximo possível os CTs do Parque Gigante e de Alvorada. A ideia é que tenha inserção maior nas categorias de base, a começar pela implementação dos protocolos da Double Pass, consultoria de gestão belga com a qual o Inter assinou contrato para reformular conceitos de formação de atletas.