Talvez seja voz solitária, mas quero dizer que o Grêmio fez um excelente negócio ao trazer o meia Alisson em troca da ida de Edilson para o Cruzeiro. E não estou falando do dinheiro envolvido, os R$ 3 milhões pagos pelos mineiros. É que entre os jogadores que poderiam vir de Belo Horizonte, o meia-atacante de 25 anos era o de melhor qualidade e o que cairá como uma luva no time.
O Grêmio resolverá com Alisson a lacuna aberta com a saída de Pedro Rocha para o Spartak Moscou. Desde que ele deixou a Arena, o lado esquerdo não encontrou um dono. Fernandinho nunca foi o jogador que brilhava pelo lado direito. Everton, mais uma vez, não aproveitou a chance e o caminho aberto para se firmar.
Alisson tem talento suficiente para ser mais uma referência técnica do Grêmio. Surgiu como grande promessa em Minas, teve convocações para seleções de base e enfrentou lesões que o atrapalharam.
Nunca mostrou tudo o que se esperava e sofreu com a pressão e a cobrança da qual sempre padecem os jogadores criados em casa. A mudança para Porto Alegre talvez seja benéfica e uma última etapa em seu processo de maturação.
Quanto a Edilson, é evidente que vai fazer falta. Trata-se de um dos melhores laterais-direitos do Brasil, e estamos tratando de mercado carente de jogadores para a posição.
Acrescente-se a isso o fato de ser uma referência e uma liderança no vestiário, Mas está com 31 anos e pretendia um aumento e um contrato mais longo. O que, convenhamos, o torna um jogador caro.
Pelo que Edilson ganha hoje e pelo tempo restante de vínculo, mantê-lo seria um tiro no pé, já que estaria descontente aqui, com a cabeça em MInas. O Grêmio mostra, ao decidir-se pela liberação de Edílson, qual a sua ideia de futebol. Que é apostar em jogadores mais jovens e sem salários fora da realidade.
Por tudo isso, saúdo a chegada de Alisson, Talvez o melhor negócio feito por aqui neste dias de verão.