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Os sócios do Inter contarão no início de 2018 com seu próprio Netflix, o serviço de streaming que muda os hábitos dos consumidores de programas de TV. O Netflix colorado é uma versão do original criada para transmissão ao vivo de jogos amistosos do time principal e partidas do time sub-23 e sub-20, transmissão de programas especiais e de entrevistas com jogadores, comissão técnica e dirigentes. Em resumo, todo o conteúdo que ainda não teve os direitos de transmissão comercializados.
Batizado Inter Play, a plataforma deve operar já na pré-temporada. Na semana passada, o presidente Marcelo Medeiros assinou o contrato com a Mediastream Brasil, que ficará responsável pela operação técnica do serviço e tem em seu portólio trabalhos no país, nos EUA e na América Latina. O conteúdo ficará a cargo do departamento de mídia do Inter, hoje integrado por 40 profissionais, segundo o vice de marketing, Gildo Sibemberg.
Conversei com Sibembert na última sexta-feira. Estava exultante com o projeto. Pelo ineditismo no Brasil e também por ser trunfo para impulsionar ainda mais o quadro social. A meta dessa gestão é de chegar a dezembro com 140 mil associados.
- O intuito é de que o torcedor perceba que ser sócio representa ter outros benefícios além da presença no estádio e da ideia de colaborar com o clube - explica o dirigente.
O lançamento do Inter Play mostra mais movimento firme do clube na gestão e produção de seu próprio conteúdo, fazendo uso do acesso privilegiado aos bastidores, cujo acesso hoje quase inexiste aos veículos tradicionais de comunicação.
O serviço de streaming já está no escopo dos grandes europeus. Em outubro, a Juventus, de Turim, fechou um acordo com a Netflix para produção de uma série. Serão quatro episódios de uma hora cada em que serão mostrados treinos, a intimdiade dos vestiários e a preparação para os jogos, além de imagens de gols e dos principais lances.
Na Inglaterra, a Netflix e sua maior concorrente, a Amazon Prime, assediam clubes como Chelsea, Manchester City e Liverpool com ofertas para produção de documentários. No caso dos ingleses, porém, o conteúdo ficaria restrito às pré-temporadas. Em 2012, o Liverpool já teve um documentário produzido pelo Channel 5 e pela Fox Soccer.
O Manchester United é contra a ideia de parcerias com as duas gigantes de streaming. Acredita que os próprios clubes seriam capazes de produzir e comercializar seus documentários. Mesmo que Netflix tenha garantido para cada clube 15 milhões de libras (R$ 64 milhões) por hora de programa. Mais do que os 11 milhões de libras que eles recebem da Sky Sports por cada jogo ao vivo no canal a cabo.