Apenas nesta semana, já surgiram notícias de dois jogadores que saíram aqui do Inter sem terem recebido chances suficientes e que estão sendo cogitados nas maiores potências futebolísticas do mundo. Otávio – que, quando saiu daqui, ainda era Otavinho – se naturalizou português e hoje não apenas é titular da seleção portuguesa como capitão do Porto, um dos principais times da Europa.
Ele está confirmado na próxima Copa do Mundo e cogitado como contratação a ser realizada pelo Liverpool, com valores que superam a casa dos 50 milhões de dólares. Enquanto jogava aqui, teve muita dificuldade para se afirmar e, como todo jovem jogador, foi vaiado por algum torcedor no estádio.
O outro caso é de Vinicius Tobias. E esse impressiona ainda mais porque ele, mesmo brilhando em categorias inferiores, não chegou a ser aproveitado no profissional e foi negociado com o Shakhtar Donetsk. Pois ele está indo por empréstimo para o Real Madrid, com cláusula de compra estabelecida em 18 milhões de euros.
Hora de rever os conceitos
Ambos os negócios sendo concretizados, o Inter recebe um percentual por ser o clube formador dos atletas, mas me incomoda muito o fato de que nenhum dos dois "serviu aqui".
Lembram que vencemos o São Paulo na final do Brasileirão sub-20 ano passado? Pois eles, diferentemente de nós, já estão usando alguns daqueles atletas no grupo profissional. Passou da hora de revermos alguns conceitos sobre aproveitamento da base no Beira-Rio.