A assustadora e deprimente atuação do Inter no Equador deixou a torcida num misto de pavor e irritação. Ver um futebol tão pobre depois de 15 dias só de treinos é desesperador. Nenhum jogador rende o que poderia render. E os que atuam bem num determinado jogo não recebem sequência.
Liziero, por exemplo, foi bem no último Gre-Nal atuando pela lateral esquerda. Mas Alexander Medina resolveu improvisar Gabriel Mercado ali, com a patética justificativa de que "era pra melhorar a parte aérea defensiva" já que o"perigoso" vice-lanterna do campeonato equatoriano tem como ponto forte a bola aérea. Resultado: dois gols de cabeça de um jogador adversário com 1m74cm e uma vantagem de 2 a 0 perdida em menos de 20 minutos. Cômico.
São 100 dias de trabalho e não se vê nada de novo. Não há uma jogada ensaiada sequer. Jogadores como Edenilson, Dourado e Cuesta, que já foram os melhores do país em suas posições, têm rendimento pífio. Mauricio, um dos poucos destaques do ano, fazendo gols, dando assistências e sempre participando ativamente dos jogos é "premiado" com seguidas substituições.
Aliás, está aí um problema crônico do nosso treinador: as substituições. Ele não consegue melhorar o rendimento do time quando precisar trocar alguém. Impressionante.
O Inter é um time perdido dentro de campo, na casamata e nos gabinetes. Ou algo muda, ou 2022 vai se encaminhando para ser o pior ano da história do Inter.