Por quase 30 anos, uma grande piscina ficava no Parque da Redenção, em Porto Alegre. Sem qualquer proteção em volta, era refúgio da população em dias de calor, além de ser usada para aulas e competições de natação. O tanque foi aterrado após afogamento de um menino em 1967, virando um espelho d´água.
A obra da piscina foi realizada na primeira gestão do prefeito José Loureiro da Silva. No início de dezembro de 1940, a imprensa noticiou que a construção estava em fase final. Uma grande festa de encerramento das comemorações do bicentenário da cidade ocorreu no parque no final daquele mês. O Diário de Notícias descreveu que foi escolhido local "magnífico e aprazível", em torno da "nova e monumental piscina".
Em publicação sobre as realizações do governo de Loureiro da Silva, consta a piscina para natação, com "bordas de cimento branco e mármore". Em 1942, a Revista do Globo noticiou que, "num ambiente de certa curiosidade", começou a temporada de natação da Federação Aquática do Rio Grande do Sul. A piscina no parque era considerada benéfica aos nadadores, devido ao estímulo do público. Os atletas, antes em disputa nas "longínquas piscinas", passaram a ser vistos por "multidões". Não era a primeira competição na piscina da Redenção.
Na parte mais profunda, o tanque tinha quatro metros. Em 17 de janeiro de 1967, o menino Sérgio Renato de Lima Vianna, 5 anos, morreu afogado no local. Erroneamente, reportagem da época informava o nome Sérgio Renato Nunes. À equipe de Zero Hora, a mãe contou que o filho andava de bicicleta no parque. As testemunhas relataram que o menino caiu na água após subir com a bicicleta na borda da piscina, que não tinha proteção. Um médico do Hospital de Pronto Socorro (HPS) ajudou no resgate, mas não conseguiu salvar o garoto.
Depois da morte, o então prefeito de Porto Alegre, Célio Marques Fernandes, determinou aterramento para redução da profundidade. A piscina virou o espelho d´água da Redenção.