A RS-17, atual ERS-030, facilitou as viagens entre Porto Alegre e o Litoral Norte. O governo do Estado concluiu as obras no trecho de Gravataí a Osório no início de 1939. Nos primórdios dos automóveis, motoristas rodavam nos antigos caminhos das carretas puxadas por bois. Eu já contei na coluna sobre as demoradas viagens, muitas vezes interrompidas por carros atolados.
Em 1934, o governo contratou a firma Dahne Conceição & Cia para pavimentação de 82 quilômetros da rodovia entre Gravataí e Osório. Inicialmente, era uma base de macadame hidráulico, sistema com pedras compactadas. Os primeiros 20 quilômetros, a partir de Gravataí, seguiram a antiga estrada das carroças e carretas, com vários incovenientes no traçado, principalmente das curvas.
Quando o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) foi criado três anos depois, apenas 25,5 quilômetros estavam prontos. Outros 56,5 quilômetros foram feitos de 1937 a maio de 1939. Neste período, começou a extensão de Osório a Tramandaí.
O filme O Aspecto Rodoviário do Rio Grande do Sul, produzido pela Leopoldis-Som para o DAER em 1953, mostra um trecho da estrada. No início da década de 1950, com tráfego de veículos maior, a rodovia precisou ser asfaltada. A estrada foi trajeto das carreteras, corridas de automóveis entre Porto Alegre e o Litoral Norte.
O passeio pela rodovia é lembrado pelas belas paisagens e paradas para comer o famoso sonho em Santo Antônio da Patrulha. Uma curiosidade era o controle de velocidade. Um cartão de papel tinha o horário de passagem registrado pela polícia rodoviária em Gravataí e era conferido em Santo Antônio da Patrulha.
Em 1973, com a inauguração da freeway, a viagem ficou mais rápida e segura, com pista duplicada. A nova estrada transformou a ERS-030 em Estrada Velha.
Colabore com sugestões sobre curiosidades históricas, imagens, livros e pesquisas pelo e-mail da coluna (leandro.staudt@rdgaucha.com.br)