O PSOL deve reunir nesta segunda-feira (4) integrantes de sua Executiva estadual para discutir sobre se abrirá mão da pré-candidatura de Pedro Ruas ao Piratini, a fim de apoiar o PT na disputa. A união dos partidos de esquerda foi um dos pedidos feitos pelo ex-presidente Lula, em visita ao Estado em junho.
Até o momento, ambos os partidos — PSOL e PT — têm seus pré-candidatos: Pedro Ruas e Edegar Pretto, respectivamente. Conforme relato de pessoas que acompanharam a visita de Lula, o ex-presidente chegou a sugerir a possibilidade de uma candidatura única com Manuela D'Ávila (PCdoB) à frente, mas as conversas não avançaram neste sentido.
Nas redes sociais, nesta segunda-feira, o vereador Matheus Gomes (PSOL), pré-candidato a deputado estadual, afirmou que esta é uma "oportunidade" para a unidade da esquerda e citou a possibilidade de junção de PT, PCdoB e PSOL numa mesma candidatura. Ele, que é dirigente do PSOL, diz que o partido daria "um passo à frente", caso recuasse na questão da candidatura própria.
"Há 90 dias das eleições, temos a oportunidade de avançar na luta pela unidade da esquerda: surge a possibilidade de unificar as pré-candidaturas com PT/PCdoB ao Piratini e PSOL no Senado. Como dirigente do PSOL, penso que daríamos um passo à frente com esse recuo estratégico", avaliou.
A coluna conversou com o vereador que ratificou sua postura em prol da unidade dos partidos de esquerda:
— Queremos a unidade das pré-candidaturas e o espaço do PSOL nesse processo. Evitar um segundo turno entre Onyx (Lorenzoni) e (Eduardo) Leite é a meta — explicou.
Nos bastidores, o PT ofereceu ao PSOL a vaga ao Senado. O partido ficou de dar uma resposta em breve.
Em entrevista ao podcast Zona Eleitoral em maio, o pré-candidato Pedro Ruas reforçou a posição da sigla por candidatura própria, mas opinou sobre o papel dos partidos de esquerda no combate ao bolsonarismo:
- Nós temos uma aliança com um objetivo direto, que é derrotar o Bolsonaro e o bolsonarismo.