Não foram poucos os relatos de petistas que estiveram com o ex-presidente Lula, desde a visita dele ao Rio Grande do Sul no início do ano, e que perceberam um movimento na direção de fazer Manuela D'Ávila candidata ao governo do Estado em outubro. Como se sabe, Manuela anunciou que não disputaria nem mesmo a vaga ao Senado. Entre os motivos citados, constavam a violência praticada contra ela e a filha Laura, de seis anos.
A movimentação não é tratada oficialmente. A conversa ocorreu informalmente, nos bastidores — traço característico do ex-presidente, apontam fontes.
Segundo relatos de três pessoas com acesso ao ex-presidente à coluna, Lula não fez o movimento de maneira formal. O tema foi comentado de maneira discreta justamente para evitar que pudesse gerar constrangimentos, já que há outras pré-candidaturas no campo da esquerda colocadas, inclusive do deputado estadual Edegar Pretto (PT).
A coluna procurou a ex-deputada Manuela D'Ávila, que negou veementemente a ideia e reiterou respeito e apoio ao candidato Edegar Pretto:
— Meu candidato é o Edegar, então essa possibilidade (candidatura dela) não existe. Vou trabalhar por Edegar ao governo e na luta para o PSB vir conosco ao Senado.