Adotada já em partes do Brasil, como o Estado do Rio de Janeiro, a flexibilização sobre o uso de máscara já começou a ser discutida, ainda que informalmente, no Rio Grande do Sul. A coluna conversou com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, nesta sexta-feira (29) sobre o tema.
Ele fez questão de lembrar a importância do avanço da vacinação contra covid como parte do processo de recrudescimento da pandemia na Capital. A partir disso, informou que sua opinião pessoal é pela flexibilização do uso do equipamento em espaços ao ar livre.
Entretanto, Melo reforçou que a decisão será do governo do Estado.
— A minha opinião pessoal é que deveríamos manter o uso das máscaras em locais fechados e deveríamos liberar em espaços abertos, através de um decreto que regulamentasse o tema. Aliás, eu conversei sobre isso com o governador (Eduardo Leite) em um encontro que tive com ele para assinar uma forma de dar dignidade às 41 famílias que tiveram suas casas dizimadas na Ilha do Pavão. Ao lado dele, comentei sobre isso (liberar uso da máscaras), já que hoje o Rio de Janeiro e Distrito Federal, por exemplo, não usam mais máscara em locais abertos, espaços públicos — explicou.
Sebastião Melo usou como exemplo as cidades visitadas por eles e outras autoridades durante a missão à Europa que confirmou a vinda da South Summit, feira mundial de inovação, para a Capital.
— Eu posso dar como depoimento as cidades que visitei na Espanha, Madrid e Barcelona, onde as pessoas continuam com uso da máscara em espaços fechados. Mas no caso de espaços abertos, 99% das pessoas já não usam mais a máscara. Porém, eu lembro que esta é uma lei que só pode ser resolvida no decreto estadual — completou.
A coluna consultou o governador Eduardo Leite, mas não obteve resposta sobre o tema.
Rio de Janeiro
O uso de máscaras no Estado não é mais obrigatório em áreas abertas nos municípios que estão sob risco moderado, baixo ou muito baixo para covid-19, de acordo com o mapa epidemiológico da semana, e que tenham concluído a vacinação em 75% do público-alvo (indivíduos com 12 anos ou mais) e/ou 65% da população total.