A polêmica que envolve a adoção pelo governo do Estado da exigência de um passaporte vacinal chegou também à Assembleia Legislativa. Na próxima quarta-feira (20), o deputado estadual Eric Lins (DEM) presidirá uma audiência pública sobre o tema no auditório Dante Barone, do Legislativo.
O encontro ocorrerá dentro da programação da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo.
De acordo com informações do deputado à coluna, esta será a primeira audiência pública da Assembleia a ser realizada em formato híbrido, desde o começo da pandemia. Atualmente, por conta das restrições impostas pela covid-19, estes eventos ainda ocorrem em formato virtual.
Nesta segunda-feira (18), o repórter Eduardo Matos contou em GZH que o passaporte vacinal passou a ser exigido no Rio Grande do Sul para uma série de atividades. Na prática, quem quiser frequentar eventos sociais, infantis e de entretenimento em casas noturnas, estádios, cinemas, teatros e parques temáticos e de diversão, por exemplo, precisará apresentar a carteira de vacinação contra a covid-19 em dia. Esses locais foram classificados de alto risco para propagação do novo coronavírus pelo Governo do Estado.
Contrário à regra, o deputado Eric Lins justiciou seu posicionamento e afirmou que é preciso avaliar questões relacionadas à obrigatoriedade.
— Se não existe obrigação de vacina e a mesma não impede a disseminação do vírus não é certo separar os cidadãos entre aqueles que têm o esquema vacinal completo e aqueles que não têm. Isso criaria cidadãos de "segunda categoria" tendo direitos fundamentais privados por usar sua liberdade de não se vacinar — afirmou.
Entre os convidados que farão suas explanações está a médica Nise Yamaguchi, defensora do tratamento precoce para pacientes que contraíram a covid-19 e que chegou a ser uma das convidadas para depor na CPI da Covid. Além dela, o deputado federal Osmar Terra (MDB), aliado do presidente Jair Bolsonaro, está entre os convidados que confirmou sua participação nas discussões do evento.