O governo do Estado convocou deputados líderes de bancadas para uma reunião nesta terça-feira (4), para tratar sobre o novo modelo que vai substituir o chamado "distanciamento controlado". A intenção é construir uma nova estratégia em conjunto com os líderes políticos a fim de que as novas regras sejam estabelecidas com o compromisso de todos.
Foram convidados os líderes de partidos da Assembleia, o presidente do Legislativo, o líder do governo, além do presidente da Comissão de Saúde; também o presidente da Famurs e os presidentes das Associações de Municípios; pelo governo, participam secretários de Estado das áreas relacionadas à pandemia de coronavírus.
— Queremos iniciar um bom debate, com o conteudo e experiência até aqui vivida por todos. A intenção é sermos o mais célere possível, sem prejuízo da segurança técnica e política — explicou o secretário da Casa Civil do governo Leite, Artur Lemos, à coluna.
O novo modelo estadual vai deixar de lado as complexas fórmulas matemáticas e estabelecer um novo sistema de gestão compartilhada com os prefeitos para definição dos protocolos sanitários. Segundo o governador Eduardo Leite, é “bem possível” que o sistema de bandeiras que caracterizou o primeiro ano de combate à pandemia seja substituído pela emissão de “alertas” sem definição por cor.
— É bem possível que nós migremos para um modelo em que não haja definição por bandeiras (...). Agora temos muito mais domínio dos dados sobre quando a pandemia está caindo ou crescendo (...). Estamos em nova situação que nos permite novas ferramentas de gestão e que talvez não seja o caso de manter a definição por bandeiras — explicou Leite.
Em entrevista a GZH na manhã desta terça-feira (4), o governador Eduardo Leite revelou que os detalhes do novo plano de gestão da pandemia ainda serão definidos, mas confirmou que, em linhas gerais, a ideia é ter critérios sem os atuais cálculos considerados bastante complexos para apurar o avanço da doença e a capacidade de atendimento hospitalar. Parte das informações que sustentariam as futuras análise já é publicada diariamente pelo governo em boletins epidemiológicos e incluem itens como número de novos casos, ocupação de leitos clínicos e de UTI, evolução dos óbitos, entre outros.
— Estamos nas diretrizes iniciais e vamos abrir a conversa a partir de hoje com entidades, como fizemos no início do distanciamento controlado. Um dos caminhos, talvez, seja o de sair das fórmulas matemáticas (...). Agora temos mais de um ano de acompanhamento da pandemia. Temos uma série de dados e informações que nos dão suporte para a tomada de decisão (...). Possivelmente, o que vamos encaminhar é um sistema de gestão do distanciamento, cujo nome também pode ser ajustado diante desse novo momento, que terá uma análise a partir dessa série de dados e informações, mas sem uma fórmula matemática. Olhando os dados desses gráficos e informações e emitindo alertas para cada uma das regiões.