Em que pese já esteja fardado para disputar a reeleição no ano que vem, o presidente da República, Jair Bolsonaro, ainda não escolheu uma legenda para chamar de sua. Como se sabe, para registrar uma candidatura no Brasil, é preciso que o postulante esteja filiado a um partido político.
E isso precisa ser feito dentro do prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que é de seis meses antes da votação.
A ideia inicial era que o presidente fundasse seu próprio partido, que chegou a ser anunciado e batizado de Aliança pelo Brasil . Ocorre que a coleta de assinaturas para que o partido pudesse ser registrado na Justiça Eleitoral não avançou e, diante da pandemia de coronavírus, é pouco provável que essa etapa consiga ser vencida.
Sendo assim, o presidente tem uma escolha importante pela frente. À coluna, o deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS) aponta dois caminhos possíveis:
— O PSL é um caminho, apesar de todas as brigas que tivemos. Eu mesmo foi supenso várias vezes, mas agora já nos acertamos. Só que tem muitos radicais, de ambos os lados, o que deixa muito difícil a situação. Mas existe a possibilidade do PSL, sim. Ou então o Patriota, partido que tem mais afinidade com o presidente, até porque foi ele quem deu o nome da sigla. Mas tudo é uma questão de conversar. E se voltar para o PSL, Bolsonaro tem que voltar com todas as honras e respeito.
A briga com PSL dividiu a legenda entre bolsonaristas e bivaristas, aliados do presidente da sigla, Luciano Bivar. As arestas precisariam ser aparadas para que Bolsonaro pudesse retornar ao partido. Na família Bolsonaro, os filhos Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro migraram para o Republicanos, partido ligado à Igreja Universal.
Em janeiro deste ano, o presidente chegou a sinalizar a filiação a um novo partido político em março, o que acabou não se concretizando.