Prestes a deixar a Secretaria de Planejamento do governo Leite, Leany Lemos assumirá um desafio e tanto na carreira profissional e com reflexos absolutamente importantes para os gaúchos. Nascida em Brasília, ela chegou ao Rio Grande do Sul com a difícil missão de equacionar as contas de um Estado com as finanças combalidas, um déficit estrutural entre os maiores do país e a missão de propor reformas que pudessem fazer frente a essa realidade.
Como se fosse pouco, também coube a ela a não tranquila tarefa de liderar a construção de um modelo inovador de enfrentamento à pandemia do coronavírus, que estabeleceu o distanciamento controlado como norte para adoção de medidas restritivas conforme a realidade de cada município gaúcho. A coluna conversou com diferentes profissionais para colher avaliações sobre o modelo. A percepção geral é de que Leite e sua equipe construíram um dos melhores planos do país.
Leany Lemos não é uma secretária qualquer. Graduada em Letras, estudou e especializou-se em políticas públicas. Tem mestrado em Ciência Política e doutorado em Estudos Comparativos das Américas, pela Universidade de Brasília. Ainda no currículo, um pós-doutorado em Ciência Política pelas universidades de Oxfor e Priceton, no âmbito do Oxford-Princeton Global Leader Fellow. Trabalhou enquanto gestora em mandatos no Senado e também no governo do Distrito Federal. Chegou ao Piratini com todas essas credenciais e não à toa foi a escolhida, agora, para chefiar o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Contou o governador Eduardo Leite à coluna que o banco será extremamente importante para o Estado quando da construção de um plano de recuperação econômica depois da pandemia. Como banco de fomento, a instituição é responsável por operar linhas de crédito que possam auxiliar as unidades da federação, empresas e setores estratégicos a se desenvolverem (o BRDE opera tanto linhas de financiamento próprias quanto de outras instituições como o BNDES). Como a presidência é repartida entre os Estados do Extremo Sul, desta vez, coube ao governador gaúcho indicar o novo presidente.
O desafio está posto e deve ser formalizado junto aos órgãos oficiais nos próximos dias. Até que as etapas formais sejam concluídas, Leany seguirá auxiliando o Estado a pôr em prática o modelo de distanciamento controlado, com a atualização das bandeiras que estabelecem medidas restritivas a cada sábado. Assim que estiver oficialmente desligada da pasta do Planejamento (o que deve ocorrer ainda hoje), estará ligada ao gabinete do governador, sendo nomeada como assessora especial. Ganham o Rio Grande do Sul e os gaúchos, com a certeza de entrega de um trabalho técnico, apurado e dedicado na busca de soluções para a melhora de vida da população.