A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está preocupada com o avanço da nuvem de gafanhotos em direção ao Brasil e os possíveis reflexos para o Rio Grande do Sul. Ela e o secretário da Agricultura, Covatti Filho, conversaram por telefone na noite desta quarta-feira (25), conforme a coluna apurou. A partir desta preocupação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento declarou estado de emergência fitossanitária, tanto para o Rio Grande do Sul quanto para Santa Catarina, por conta do risco da praga.
Na prática, a medida auxiliará quanto à formulação e aplicação de medidas para dar segurança aos produtores gaúchos.
- A partir desse estado de emergência fitossanitário, conseguiremos fazer um planejamento mais detalhado para fazer o enfrentamento no caso de a nuvem chegar ao Estado. Eu e a ministra (Tereza Cristina) conversamos ontem à noite. A intenção é dar tranquilidade para fazer o enfrentamento - explicou Covatti Filho à coluna.
O secretário confirmou que as autoridades federais e estaduais já estão mobilizadas para proteger os produtores:
- Nós já fizemos um mapeamento dos defensivos agrícolas que podem ser usados. Então, se precisarmos comprar ou até mesmo deslocar defensivos de outros Estados, temos essa prerrogativa. Isso também nos ajuda a fazer uma mobilização de servidores do ministério e da própria Secretaria da Agricultura. E ainda, se caso for necessário, ajuda a captar recursos junto ao governo federal - completou.
O decreto de estado de emergência fitossanitária, tanto para o Rio Grande do Sul quanto para Santa Catarina, saiu em portaria publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25). Assinada pela ministra Tereza Cristina, a portaria alerta para a adoção de medidas emergenciais para suprimir a praga. Essas ações devem ser indicadas em ato da ministra.
O estado de emergência terá duração de um ano a partir da data de publicação da portaria. A medida permite a adoção de ações de forma mais rápida, com plano que inclui formas de controle, atuação e produto a ser usado.