A coluna apurou duas novas informações a respeito da construção de novos leitos proposta pelas empresas Gerdau e Ipiranga, do Grupo Ultra, para o tratamento de pacientes com coronavírus em Porto Alegre. A intenção está sendo tratada de forma sigilosa, em reuniões entre autoridades e representantes do setor privado.
A primeira delas diz respeito a aplicação dos recursos. Para evitar a burocracia que tradicionalmente está colocada às transações públicas, os recursos não serão doados ao Poder Executivo. A ideia é que as empresas possam tratar da construção das estruturas e equipamentos, como respiradores, máquinas e camas hospitalares. Até aqui, a ideia é fazer com que a nova estrutura seja permanente para a cidade (ou seja, anexada a um local que já existe, em vez de um hospital de campanha).
A outra novidade diz respeito à operação dos novos leitos. Conforme a coluna apurou, uma das ideias colocadas nas últimas reuniões é para que o Hospital Moinhos de Vento, uma referência na área de saúde, possa colaborar com “recursos humanos”, ou seja, com profissionais à frente da estrutura. O pensamento é para que a participação do ente privado, nesse caso, vá além da consultoria e, se possível, se traduza no emprego de profissionais que, de fato, coloquem a “mão na massa”.
O desfecho das negociações, no entanto, ainda depende da anuência de todas as partes.