Vem de Brasília uma notícia a ser festejada pelos gaúchos, em especial os porto-alegrenses que planejam permanecer na Capital no próximo veraneio. O Porto Verão Alegre, tradicional festival que reúne espetáculos a preços populares durante a estação mais quente do ano, será incluído como uma das ações culturais que poderá captar recursos da iniciativa privada através da Lei Rouanet. A decisão foi comunicada por técnicos do Ministério da Cidadania, atualmente sob o comando do ministro gaúcho Osmar Terra (MDB), ao ator Zé Victor Castiel, nesta quarta-feira (16), data em que ele, um dos idealizadores do festival, completa 61 anos.
Com a novidade, os ingressos para as peças de teatro e espetáculos da programação de 2020 poderão ser comercializados com o mesmo valor cobrado na edição passada, aproximadamente R$ 27,50, conforme informou Castiel à coluna.
— Ficamos muito felizes. Isso significa que poderemos assegurar que não haverá aumento de preço para os espectadores. E isso reforça a ideia que temos de que a cultura faz bem para todo mundo. O país ganha com a cultura. Lembrando que para cada R$ 1 investido pelo empresário através de projetos via Lei Rouanet, R$ 1,5 retorna para a economia brasileira. Isso porque os espetáculos movimentam também os restaurantes, os táxis, os hotéis e a arrecadação, com isso, aumenta — afirmou.
A escolha pelo Porto Verão Alegre foi possível graças a uma mudança aplicada pelo ministro Osmar Terra na própria Lei Rouanet, com o objetivo de descentralizar o destino dos recursos privados com este fim. Sendo assim, Estados fora do eixo Rio-São Paulo puderam ser beneficiados, como é o caso do Rio Grande do Sul. Conforme dados do ministério, São Paulo concentrou, em 2017, quase metade do volume de recursos aplicados via Lei Rouanet.
À coluna, o ministro Osmar Terra afirmou, em janeiro, quando se iniciaram as discussões para promover a descentralização, que a intenção era, de fato, promover espetáculos e iniciativas regionais:
— Queremos que as empresas do governo ajudem mais projetos culturais fora do eixo Rio-São Paulo, estimulem novos talentos e a cultura regional — explicou.