Começaram nesta quinta-feira (24), no Rio de Janeiro, as reuniões para tentar descentralizar os recursos destinados a projetos culturais, por meio da lei de incentivo conhecida como Lei Rouanet. O processo de mudança é conduzido por um gaúcho: o ministro da Cidadania, Osmar Terra.
De acordo com ele, a ideia prevê estimular a cultura regional. Sendo assim, Estados fora do eixo Rio-São Paulo poderão ser beneficiados, como o Rio Grande do Sul.
Nas primeiras reuniões, os alvos foram empresas ligadas ao governo: Petrobras, Eletrobras e BNDES. Conforme dados do ministério, São Paulo concentrou, em 2017, quase metade do volume de recursos aplicados via Lei Rouanet.
— Queremos que as empresas do governo ajudem mais projetos culturais fora do eixo Rio-São Paulo, estimulem novos talentos e a cultura regional — explicou o ministro à coluna nesta sexta-feira.
Para além desse aspecto, referente à descentralização, Terra também traz uma preocupação social.
— Além disso, queremos ampliar o acesso das famílias mais pobres aos espetáculos artísticos. Democratizar mais o acesso à cultura é a meta — disse.
Neste sentido, o governo pretende incentivar contrapartidas sociais incluídas nos projetos. Osmar Terra adiantou à coluna que as próximas reuniões serão com representantes da Caixa Federal, Banco do Brasil e Correios.