A pré-estreia do documentário que expõe a versão do MBL (Movimento Brasil Livre) para o impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi acompanhada de perto por dois deputados federais gaúchos. Os parlamentares Jerônimo Goergen (PP) e Darcísio Perondi (MDB) foram até São Paulo nesta segunda-feira (2) e conferiram a primeira exibição de Não vai ter golpe, escrito e dirigido por Alexandre Santos e Fred Rauh. A produção tem duração de duas horas e 14 minutos.
À coluna, Goergen, que é integrante da bancada do MBL, contou detalhes sobre seu posicionamento exibido no filme. Entre outros parlamentares, ele aborda a mudança de postura do Partido Progressista no processo que gerou o afastamento da então presidente da República. Ele lembra que o PP, que integrava a base governista e chegou a ocupar ministérios no governo Dilma, acabou votando pelo impeachment da petista.
— A mudança de posição do PP foi decisiva para que o impeachment acontecesse. Quando conseguimos, isso fez com que o PSD e a parte do MDB que ainda não haviam confirmado apoio à saída do governo se definissem favoravelmente ao afastamento. Assim, consolidou-se o processo de aprovarmos a mudança mais esperada pelos brasileiros naquele momento histórico — explicou.
A pré-estreia ocorreu em São Paulo e será seguida de evento semelhante no Rio, nesta terça (3), e em Curitiba, na quarta (4). A partir de quinta-feira (5), o filme fica disponível para o público nas plataformas Net Now, Vivo Play, Google Play e iTunes.
Conforme reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o filme se vale de um elenco de entrevistados (políticos, advogados, economistas e jornalistas de direita) e, numa costura bem feita, embora mais universitária que profissional, impõe a tese de que os movimentos de rua forçaram a classe política a aderir ao impeachment. A Folha observa ainda que há insistência, no documentário, de que as instituições foram resguardadas e de que o impeachment seguiu o devido processo legal. Trata-se de um contraponto à esquerda e sua tese do golpe.