À frente da direção institucional do Detran gaúcho, a presidente e fundadora da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, Diza Gonzaga, reagiu nesta segunda-feira (12) à promessa do presidente Jair Bolsonaro, em visita ao Rio Grande do Sul, sobre acabar com os radares móveis no país.
Diza, que perdeu o filho em um acidente de trânsito, reforçou seu entendimento de que é preciso pensar em "vidas" e investir em: "engenharia, esforço legal (legislação) e educação" para protegê-las. Em relação aos radares, ela insiste que o instrumento é importante para fazer as pessoas respeitarem os limites de velocidade e, neste sentido, valorizar a vida humana.
— Temos que ter fiscalização eficiente, punição exemplar e educação permanente. E uma das maneiras de fazer que as pessoas respeitem (a velocidade) é controlar, sim. Eu quero salvar vidas. Eu fico muito preocupada, e muito apreensiva. Eu preferia que o presidente anunciasse o fim das mortes no trânsito — afirmou, em entrevista ao programa Gaúcha+.
Questionada sobre o que o Brasil perde se, de fato, houver o fim dos radares móveis, Diza Gonzaga foi enfática:
— Vidas. E tem coisa pior para perder do que vida? Nós temos que humanizar a questão do trânsito. São vidas que estão nas estradas, nas ruas — disse.
Fim dos radares
Na manhã desta segunda-feira (12), em Pelotas, o presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de inauguração de 47 quilômetros duplicados da BR-116, no sul do Estado. Em sua segunda visita oficial ao Rio Grande do Sul, o presidente chegou ao local da solenidade às 11h e foi saudado aos gritos incessantes de "mito" por apoiadores.
Durante seu discurso, o presidente falou que "está brigando na Justiça" para acabar com pardais e lombadas eletrônicas no país. Segundo ele, "vamos acabar com essa roubalheira".
— A partir da semana que vem, não teremos mais radares móveis no Brasil — prometeu.