Personagem importantíssimo nas conquistas do Grêmio na década de 1990, o hoje deputado federal chama a atenção pela serenidade com que acompanha os debates no plenário da Câmara dos Deputados. Muito diferente do atleta Danrlei, que em mais de uma oportunidade colocou alma e coração nas partidas pelo tricolor contra o Palmeiras nos anos de 1990. "Eu não sou de brigar, mas era uma pauleira todo jogo", contou, aos risos, à coluna.
Nesta terça-feira (20), pouco antes de embarcar para Brasília, o parlamentar conversou com a coluna sobre a expectativa para a partida desta noite pela Copa Libertadores da América e disse que, se pudesse, estaria em campo para caçar o adversário.
Que lembranças te vêm à cabeça quando falamos sobre Grêmio e Palmeiras?
Ah, era o principal clássico daquela década, da década de 1990. A gente tinha uma rivalidade boa entre os dois. Os jogos passavam para o mundo inteiro. Todo mundo assistia. Eu não sou de brigar, mas era uma pauleira todo jogo (risos).
E o jogo desta noite?
É jogo bom. Eu gosto. Por mim, podia ser todo jogo assim: Grêmio e Palmeiras. Ou então Gre-Nal. Jogo bom é jogo que tem estádio lotado. Jogo que faz o nosso sangue ferver. Vai ser um jogaço.
Grêmio e Palmeiras é um clássico nacional... talvez o maior?
Eu acho que se transformou no maior. Aqueles jogos (década de 1990) foram muito pesados, muito fortes. O Gre-Nal, claro, é um clássico. Mas é diferente porque aqueles clássicos tinham um valor maior. O que ganhasse ia ser campeão da América. Imagina fazer isso durante quatro anos. E todo Brasil sabendo: a base da seleção é o Palmeiras. E o único time que era capaz de combater era o nosso.
Mas e hoje não te dá vontade de fardar e entrar em campo?
Óbvio! Dá vontade de entrar ali e olhar o jogador mais chato do outro time e ir pra cima dele. Vem sempre essa vontade de reviver esse tempo bom, esses momentos bons. Estádio lotado, tu começava a sentir vibração cinco horas antes. E depois o cara só conseguia dormir no dia seguinte (risos).
Como vai acompanhar a partida desta noite?
A gente não recebeu a pauta (da Câmara dos Deputados) ainda. Se não tiver outro jeito, vou ter que ver lá mesmo. O problema é que tem um monte de deputado colorado ali secando (risos). Mas claro que eu também seco, quando é jogo do Inter.
E quanto ao Felipão? Hoje, ele está do outro lado...
Ah, mas nós temos Renato, né. É claro que o Felipão sabe jogar esse tipo de jogo. Mas o Grêmio é um time muito frio, não cai nesse tipo de armadilha. Não se assusta com isso.
Arrisca um placar?
Eu acho que é um jogo difícil, mas eu acho que o Grêmio ganha, só não sei o placar.
Agora falando sobre Copa do Brasil, você está preparado para um clássico Gre-Nal caso Inter e Grêmio avancem, na final da competição?
Claro. Bom demais. To preparadíssimo. E tomara que tenham dois, na Copa do Brasil e na Libertadores! Eu gosto disso. Eu quero jogar jogo grande. É esse tipo de jogo que faz o sangue ferver.