O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, estará em Porto Alegre na próxima quinta-feira (27). O motivo é a cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que julga os processos relacionados à Operação Lava-Jato em segunda instância. Na ocasião, assumirá o posto o desembargador Victor Luiz dos Santos Laus, em substituição a Carlos Eduardo Thompson Flores. O magistrado integrava a 8ª Turma da Corte, que é responsável por apreciar matérias penais —entre elas, os recursos e processos relativos aos desvios na Petrobras.
A presença de Moro em Porto Alegre foi confirmada pela coluna junto à assessoria do ministro. Além dele, o vice-presidente da República Hamilton Mourão, que estará no exercício da presidência (com a viagem de Jair Bolsonaro ao Japão), estará presente. Os governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e de Santa Catarina, Carlos Moisés, também devem participar da cerimônia de posse, além do gaúcho Eduardo Leite (PSDB).
Victor Laus
O principal tribunal responsável por julgar processos da Lava-Jato em segunda instância será presidido por um desembargador que já atua nos casos. Após ser eleito presidente, em abril, o desembargador Victor Luiz dos Santos Laus disse que recebia a missão com satisfação e ciente da responsabilidade que terá.
— Pretendo ter uma presidência aberta e à disposição de todos para que, juntamente com os outros membros da administração, possamos manter a corte firme, forte, serena e harmônica, sempre pensando no futuro. Tenho certeza que todos contribuirão para isso. O TRF4 é forte na união dos seus membros. Quem ganha é o usuário do serviço público chamado Poder Judiciário — sustentou Laus durante a sessão do pleno acompanhada pelo repórter Eduardo Matos.
Foi o desembargador, por exemplo, quem deu o último voto que resultou na condenação em segunda instância do ex-presidente Lula, no caso envolvendo o triplex do Guarujá. Ele acompanhou os votos dos colegas de turma, João Pedro Gebran Neto (relator) e Leandro Paulsen (revisor), aumentando a pena do petista de 9 anos e seis meses para 12 anos e um mês e resultando na execução provisória da pena do ex-presidente.