O governo do presidente Jair Bolsonaro trabalha nos últimos detalhes de um plano que incentivará o trabalho voluntário no Brasil. A intenção é estimular a prática entre pessoas e empresas.
O conjunto de ações, que vem sendo elaborado junto ao ministério da Cidadania, terá como madrinha ninguém menos do que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que tem trabalho destacado especialmente com pessoas com deficiência — basta lembrar o discurso em libras durante a posse, em janeiro — e também com doenças raras. Ela foi uma das que batalhou para que o governo liberasse a medicação utilizada em pacientes com AME (Atrofia Muscular Espinhal).
A coluna apurou que uma das ideias em gestação é considerar o número de horas dedicadas ao trabalho voluntário como critério de seleção para ingresso em cargos públicos. O quesito poderia ser adotado, por exemplo, como critério de desempate em processos seletivos.
Atualmente, universidades americanas já adotam este tipo de modelo. As instituições consideram o trabalho voluntário e têm valorizado cada vez mais atividades realizadas pelos alunos fora da sala de aula, especialmente as que produzem benefícios à sociedade.
O governo tem se inspirado no modelo dos Estados Unidos. A intenção é lançar o plano no mês de julho.
À coluna, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, ressaltou a importância do trabalho da primeira-dama:
— Acredito que ela vai nos ajudar muito. Ela vai liderar o movimento de voluntariado. Ela é uma pessoa muito prática, que trabalha bastante nessa área e já está ajudando muito na questão dos refugiados — contou.