O ex-ministro da Justiça e ex-governador do Estado, Tarso Genro, avaliou para a coluna a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de determinar a comemoração da data de 31 de março de 1964, que marca o golpe que deu início à ditadura militar no Brasil.
Nesta segunda-feira (25), o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmou que o presidente determinou ao Ministério da Defesa que sejam feitas "comemorações devidas" em unidades militares em referência à data.
À coluna, o ex-ministro atribuiu a atitude de Bolsonaro a suas dificuldades para "gerir o Estado" e, neste sentido, servem para "distrair" a população.
— Acho que o Presidente está com dificuldades de agenda política e de gestão do Estado, por isso apela para atitudes desta espécie que ajudam distrair a população de um país sem rumo e já excessivamente dividido — opinou.
Nesta segunda, o porta-voz da Presidência disse ainda que Bolsonaro não considera a tomada de poder pelos militares, em 1964, um golpe. O episódio deu início no Brasil a um período de exceção, marcado por censura, torturas a adversários políticos, cassação de direitos e fechamento do Congresso Nacional.
A determinação do presidente foi saudada pela líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).